A Igreja, à qual somos todos chamados em Cristo Jesus e na qual pela graça de Deus adquirimos a santidade, só será consumada na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas; e com o género humano também todo o universo, que está unido intimamente ao homem e por ele atinge o seu fim, será totalmente restaurado em Cristo.
Quando foi levantado da terra, Cristo atraiu a Si todos os homens; ressuscitado de entre os mortos, enviou sobre os Apóstolos o seu Espírito vivificador e, por meio d’Ele, constituiu o seu Corpo, que é a Igreja, como sacramento universal de salvação; sentado à direita do Pai, actua continuamente no mundo para conduzir os homens à Igreja e por ela os unir mais estreitamente a Si, e com o alimento do seu próprio Corpo e Sangue os tornar participantes da sua vida gloriosa. A restauração prometida, que esperamos, principiou já em Cristo, foi impulsionada com a vinda do Espírito Santo e continua por meio d’Ele na Igreja que nos faz descobrir na fé o sentido da própria vida temporal à medida que vamos realizando, com esperança nos bens futuros, a obra que o Pai nos confiou no mundo; e assim vamos operando a nossa salvação.
Já chegámos, portanto, ao fim dos tempos; a renovação do mundo está irrevogavelmente decretada e vai-se realizando em terra uma santidade verdadeira, embora imperfeita.
Até que apareçam os novos céus e a nova terra, em que habite a justiça, a Igreja peregrina leva consigo — nos seus sacramentos e nas suas instituições, que pertencem à idade presente — a figura passageira deste mundo, e vive entre as criaturas, que gemem e sofrem as dores do parto até agora, suspirando pela manifestação dos filhos de Deus.
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TUDO CONFORME A LEITURA Da Constituição dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II, sobre a Igreja (N. 48) (Sec. XX) “Índole escatológica da Igreja peregrina”.
IMAGEM: Missão realizada pela Comunidade kyrios, na cidade de Rolante, quando ocorreu a enchente (4 de set de 2018 ).