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Iluminadores de Cristo

Dentro do nosso século somos um povo que luta por uma presença física, de um verdadeiro Cristão, independente de ideologia da intrínseca realidade cotidiana de cada um. Mas neste todo, somos um povo que ao longo dos séculos foi lutando separadamente por seu espaço na sociedade, uns pela guerra, outros pelo comunismo e alguns pelo simples fato de não desejarem que seus descendentes passem pelas mesmas ou piores dificuldades. Portanto somos filhos de uma evolução de inúmeros fatores, onde poucas vezes foi colocado Deus a frente ou no meio destes motivos.

Falo de uma necessidade de seguir as pegadas de Cristo onde nós estejamos, pois o nosso dever é “ser iluminadores de Cristo no mundo!”. Todo esforço que fizermos para sermos justos na sabedoria de Deus, nos fará propulsores da fé; em busca dos mais fracos e dos oprimidos. Lembrando que não falo de fraqueza ou de pobreza para distinguir as pessoas  da sociedade, mas para reforçar a ideia de um Santo Padre da Igreja, Gregório de Nazianzo, que diz: “todos somos fracos ou tão necessitados da graça divina”, isto é, TODOS somos filhos de um Pai Celestial, sem distinções.

Mesmo assim, somos de uma sociedade carente da presença física de Deus! Somos tão carentes que não prestamos a atenção nos simples sinais da vida e não percebemos Deus. Tratamos como se Ele tivesse um prazo de validade, isto é, como mercadoria barata. Não é este o convite que os apóstolos fazem nas narrativas dos textos bíblicos, onde falam em ter o sentimento de pertença de Cristo em nossas vidas. Não para nós! Mas para iluminar à todos que estiverem em nossa volta.

Iluminadores de Cristo são aqueles que deixam o seu ‘eu’ para trás e seguem em busca daquele que esta com a chama de sua vela apagada. Esta vela simboliza nossas vidas, que se compararmos com a vela tem a mesma missão. A vela conforme gasta a parafina fica um pouco na tigela e se reaproveita para fazer outra, mas e nós o que fizemos? Será que iluminamos alguma vida perdida neste mundo cruel? Que só vê o lado ruim e nunca o bom!

Sejamos iluminadores das velas perdidas. Sejam as mais curtas ou as mais novas, mas sejamos “caçadores de perolas perdidas”(Gregório de Nazianzo). Pois é o simples ato de viver numa luta diária que os espíritos malignos não tomam pose de novas vidas. Quem deve ter ‘livre aceso’ em nossas vidas é o Cristo Ressuscitado. Para termos este sentimento de posse de pertença de Cristo só vamos adquiri-lo no momento em que mantivermos um verdadeiro contato com Deus. Um contato puro de Pai e Filho que se registra num verdadeiro AMOR.

Seremos então iluminadores de Cristo, quando nos converter de alma e corpo; e nos aderirmos integralmente a uma vida digna ao Evangelho, pois “tudo teremos que deixar por causa de Cristo para vivermos de modo autentico e carregando a nossa Cruz”(Gregório de Nazianzo), que é a nossa salvação.

São Leopoldo, 14 de novembro de 2013

Marcos Roberto Kollet